Bitcoin cai para US$ 114 mil após aumento de tarifas nos EUA
O preço do Bitcoin (BTC) mostrou uma queda significativa na manhã do dia 1º de agosto de 2025, cotado a R$ 646.058,39. O BTC perdeu mais de 3%, caindo para US$ 114 mil, e arrastou todo o mercado cripto para baixo, que viu seu valor total despencar em mais de 8%.
Bitcoin e a Situação Econômica Mundial
André Franco, que é CEO da Boost Research, comenta que as bolsas asiáticas sofreram impacto negativo após os EUA imporem uma nova rodada de tarifas que varia de 10% a 41% sobre produtos de diversos países, incluindo Índia e Canadá. Isso gerou um clima de incerteza no comércio global.
Nos EUA, os índices S&P 500 e Nasdaq também recuaram, especialmente após resultados mistos das grandes empresas — a Amazon apresentou números fracos, enquanto a Apple teve um desempenho positivo. Além disso, a inflação de junho veio acima do esperado, fazendo o dólar subir bastante, alcançando sua maior alta semanal desde 2022.
O mercado de matérias-primas, como petróleo e ouro, manteve-se estável. O Bitcoin, por sua vez, começou a sentir as consequências das tarifas, sendo negociado próximo aos US$ 115.000. O analista ressalta que, a curto prazo, o impacto nos preços tende a ser neutro ou levemente negativo. O clima pessimista nos mercados asiáticos, junto ao fortalecimento do dólar, traz desafios para a valorização do BTC, apesar da estabilidade das commodities e do apoio de algumas empresas de tecnologia.
Análise Técnica do Bitcoin
Para André Sprone, da MEXC, apesar da queda, o Bitcoin continua a ser a principal referência de confiança no setor, mostrando estabilidade, mesmo com as incertezas macroeconômicas e possíveis ajustes na política monetária dos EUA. O apetite dos investidores institucionais continua forte, e o mercado observa isso com atenção.
Nesse momento, algumas altcoins estão chamando a atenção: a Sei (SEI) teve uma alta de quase 50% no mês, impulsionada por inovações no ecossistema e aprovação regulatória no Japão. Já a Aptos (APT) viu um crescimento de 21% em apenas uma semana.
A recente diminuição na dominância do BTC poderia estar preparando o terreno para uma chamada “altseason”, onde altcoins superam o Bitcoin. Ethereum (ETH), Solana (SOL) e XRP têm se destacado nesse cenário. O ETH fechou o mês com uma valorização impressionante de 55%.
O debate sobre regulamentação continua intenso, especialmente em relação a finanças descentralizadas (DeFi) e tokenização de ativos. Para agosto, as expectativas são de volatilidade moderada, principalmente devido à divulgação de indicadores econômicos e possíveis novidades regulatórias.
Números do Bitcoin em Agosto
Paulo Aragão, do podcast Giro Bitcoin, destaca que, se o BTC continuar a cair, pode testar novamente a Média Móvel Exponencial de 50 dias, que está em US$ 112.951. O Índice de Força Relativa (RSI) indica que o momentum de baixa está se fortalecendo, já que o indicador deve cair abaixo de 50. Além disso, o Índice de Convergência e Divergência das Médias Móveis (MACD) gerou um sinal de venda, mostrando que os riscos de queda ainda são presentes.
Nesse cenário, o Bitcoin está cotado a R$ 646.058,39. Com esse valor, você consegue comprar aproximadamente 0,0015 BTC com R$ 1.000, ou 0,0000015 BTC com R$ 1.
As criptomoedas que mais se valorizaram no dia 1º de agosto foram League of Kingdoms (LOKA), com uma alta impressionante de 82%, seguida por Strike (STRIKE) e Ocean Protocol (OCEAN), que subiram 27% e 13%, respectivamente. Já os destaques negativos foram SPX6900 (SPX), Hedera (HBAR) e Pudgy Penguins (PENGU), que registraram quedas de -15%, -13% e -12%.
O Que É o Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que circula e é distribuída eletronicamente. Ele funciona como uma rede descentralizada, onde nenhuma pessoa ou instituição tem o controle total.
A quantidade de Bitcoin é limitada a 21 milhões, o que acaba sendo uma das suas maiores características. Criado em 2009 por um grupo ou indivíduo que usou o nome de Satoshi Nakamoto, o BTC não pode ser impresso como o dinheiro tradicional.
Muita especulação cerca a identidade de Nakamoto, mas o que sabemos é que ele parou de se envolver com o Bitcoin por volta de 2010, deixando a gestão nas mãos de membros da comunidade.
O que atrai muitas pessoas para o Bitcoin é sua independência de bancos, governos e entidades financeiras. As transações são transparentes, registradas em um blockchain — uma grande rede pública que armazena cada transação.
Qualquer tentativa de manipular uma transação pode ser identificada rapidamente por conta dessa estrutura aberta. Enquanto as transações são processadas, pode levar alguns minutos para que sejam finalizadas, pois o protocolo do Bitcoin foi projetado para que cada bloco seja minerado em cerca de 10 minutos.